Uma das “grandes novidades” nesse espaço de 2 anos de ausência no mundo
bloguístico, é que o Baby aqui, esse ser maravilhoso que vos fala, passou a ficar gradativamente, digamos assim, mais medroso! Pra ser sincero, fiquei frouxo (no melhor sentido da palavra, é claro)! Não que eu esteja em paranóia com medo de sair de casa devido a violência urbana e coisas do gênero... Mas, pelo menos uma leve dorzinha de estômago e uma grande desconfiança de tudo e de todos que estão a minha volta, isso sinto, assumo e não nego! E se isso for sintoma de maturidade, pode anotar aí que o Baby (acredite se quiser), está ficando velho ga-ga, hehehehe...
Semana passada, sábado, tive de ir a casa de um amigo meu, Marlúcio Ramalho, ver lance de negócios, dinheiro, fotografias. E, como estou sem carro, resolvo ir direto da casa da minha mãe (após o almoço, óbvio), de ônibus como sempre fiz durante anos. Independente dele morar na Zona Norte (conhecida periferia de Natal, lugar boêmio, rico em cultura e festas inesquecíveis – hehehehehe), eu sempre fiz esse percurso na boa, sem me preocupar se estou vestindo alguma grife, tênis caro, anéis, nada que possa chamar atenção! E nesse dia eu estava até “neutro” (camiseta e bermuda jeans tudo preto, boné, óculos escuros, papete, relógio e um mp3 player), nada que chamasse tanto a atenção... O fato é que no meio do caminho, esse ônibus que eu estava, já saindo de uma das paradas,
pára do nada,
abre a porta e
deixa entrar duas figuras estranhas: dois homens fortes, sem camisa e de bermuda, cara de ressaca, ambos segurando uma latinha de cerveja aberta (um deles com um cigarro no bico, subiu fumando), e encarando todo mundo... Percebi que eles
nem pagaram ao cobrador e mesmo assim ele os deixou passar (e continuou conversando com um colega como se nada estivesse acontecendo)! Os dois atravessaram o corredor do ônibus lentamente
olhando cada rosto (inclusive o meu) e foram direto para o final do veículo em frente a
porta de saída...
Nem precisa falar que por dentro eu entrei em pânico, comecei a rezar as 3 únicas orações que aprendí na minha vida, pedindo a Deus que nada ali acontecesse... Já estava imaginando um assalto relâmpago, ou então me vendo como refém dos caras (pois eu era o mais lindo de todos), aparecendo na TV com uma arma na cabeça, minha família sem saber se ria ou chorava, meus fãs fazendo corrente, a TV exibindo meu AP e minha coleção de bonecos customizados, quando... os dois supostos meliantes pediram ao motorista para parar e desceram bem rapidinho agradecendo com murmúrios do tipo
“valeu mano, de boa”...
Ufa!!! Que alívio... Quero nem saber o porquê deles terem descido apenas 3 paradas do ponto que subiram, a
secada em todos enquanto dentro do ônibus, ou o motivo deles sequer terem pago a passagem! O que importa é que eu Baby cheguei ao meu destino lindo, vivo, inteiro e sem uma mijada na cueca....
(ou coisa pior!)